terça-feira, 31 de julho de 2012

Restaurante Fogão Goiano


O restaurante fica encravado no falido Pólo de Modas do Guará (na verdade, o Pólo não parece rigorosamente falido, mas acontece que deixou de ser um Pólo do que quer que seja, para se transformar em mais um daqueles locais cheios de lojinhas e salões de beleza e oficinas. Não há, enfim, uma enormidade de confecções e de pequenos empreendedores entusiasmados com a possibilidade de vestir o brasiliense).

Enfim, divago. Voltemos ao Fogão Goiano. Trata-se de um restaurante simples (sabe aquelas lonas do lado de fora, “pra abater o sol”? Por aí você tira uma ideia...). Sempre que vou até lá, lembro aqueles restaurantes da Vila Planalto, aqueles que só o pessoal muito escolado na cidade conhece, e que têm um preço bom, mas são bem pé-sujo e você só acredita que são "recomendáveis" quando a comida chega. O Fogão Goiano é bem este caso.

A proposta da casa é de servir, a quilo, a legítima comida goiana. A variedade impressiona (principalmente se levarmos em conta o preço) e você provavelmente vai encher aquele prato enorme, maior que a sua boca. Você fica desorientado, eu juro. É tudo muito gostoso e, detalhe importante, eles não colocam o famigerado coentro, o que, para mim, é um tremendo achado (detesto essa mania brasiliense de meter coentro em tudo... blergh!).

Sabe o que eu gosto também no Fogão? Gosto do fato de que, apesar de eles serem simples, não são desleixados. Um exemplo bem simples, mas que meu olho de mulher não deixou de observar, é que eles renovaram as toalhas da mesa, nas últimas semanas. Você vai me dizer: “que bobagem, quem disse que isso significa alguma coisa?”. Pois significa sim, cara-pálida, significa que tem alguém olhando o estabelecimento com olho de dono, cuidando dos detalhes, “fazendo o porco engordar”.

E por falar em porco, que me perdoem as almas sensíveis, mas o que é aquele pernil assado?

P.S.: esqueci-me de dizer que tenho assim um laço afetivo com o local, pois foi lá que eu e o Cláudio nos conhecemos... Quem disse que a alma-gêmea da gente não pode estar ali, no melhor self-service do Guará?

Dica: Experimente o pernil e o suco de laranja. Coentro's free.

Bom para: Ir com amigos, Ir com crianças, Almoçar, Comer muito, Famílias, Gastar pouco.

Localização no Google Maps - Clique aqui.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Campanha do Agasalho


É com muita alegria que torno a escrever para o nosso site querido. Pensei em muitos assuntos (aliás, quero trazer de volta alguns textos, que publiquei no blog antigo do DF Águas Claras), mas gostaria mesmo é de lembrar a todos da nossa Campanha do Agasalho.

No sábado mesmo, voltando pra casa com irmão e namorado, vimos uma família inteira (pai, mãe e dois filhos bem pequenos) revirando o lixo do prédio onde moro.  Eram umas 3 horas da tarde, estávamos voltando do almoço no Fogão Goiano (eiii, vocês conhecem? Fica no Guará e tem uma comida super variada e gostosa, além de um preço muito honesto), de barriguinha cheia, e a cena nos impactou.

O negócio é que, para a maioria dos moradores da cidade (eu, inclusive), a fome é uma abstração, um incômodo ligeiro, a ser resolvido logo ali, na próxima lanchonete. Numa certa vez, num trabalho voluntário que fazia na Rodoviária do Plano, vi uma criança de 6 anos devorar 3 pratos sucessivos de sopa. Naquele momento, entendi um pouquinho o que é a verdadeira fome  sem fim dos desamparados.  Acontece assim com a fome, mas não é diferente com o frio.

Vim de uma terra muito mais fria do que Águas Claras. Acostumei-me, portanto, a frios muito mais intensos, mas nunca me vi diante da situação de não ter no guardarroupa (aliás, já é de si louvável o simples fato de se ter um guardarroupa, pois não?) algo com que me aquecer. Também nunca tive que enfrentar o frio das ruas nas madrugadas.

Acontece que, na nossa lógica classe média, frio e fome são, como disse, abstrações, e incorremos no erro comum da Maria Antonieta que, na França assolada pela Revolução, sugeriu ao populacho  que se virasse com brioches, já que não tinha pão. Ora, como é que alguém pode não ter o que comer hoje à noite? Não trabalharam? Isso é possível, nos tempos dos bolsa-miséria? Como assim, alguém não vai ter um cobertor hoje à noite para se proteger do frio? Na M. Martan há uns tão baratinhos... Como pode?

Para nós, o frio não é concreto e não dói, de modo que questionamos se aquele cobertor velho (tou falando velho, não aos farrapos, certo?) pode servir para alguém, se alguém vai ter coragem de usar aquela blusa fora de moda que está enfiada num canto escuro dos nossos armários, se vamos mesmo nos deslocar até o Shopping Quê para colocar um pacote tão desenxabido dentro da caixa de coleta...

Questionamos tanto e, ao mesmo tempo, sentimos tão pouco, que o tempo passa e, de repente, lá se foi mais um inverno, sem que percebêssemos que o “bem que fazemos, é nosso advogado em toda parte”, advogado que nos defende, inclusive, de nós mesmos.

Participe da Campanha do Agasalho 2012. Mais detalhes aqui

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Instituto Vida


Hoje eu ia falar sobre o comportamento desrespeitoso das construtoras em Águas Claras. Até tirei umas fotos (viu só como estou uma blogueira aplicada?), na frente de um monte de pedreiros, que ficaram ali, de boca aberta, sem entender o que é que aquela baixinha estava fazendo,  tirando foto “deles”,  mas, como já fiz um post sobre isso e não estou muito a fim de dar murro em ponta de faca, vou deixar para outro dia.

Resolvi falar de  coisa boa, então vou contar para vocês que, naquele périplo que o Paixão e eu estamos fazendo por Águas Claras, pra descobrir um centro espírita mais perto do que o que frequentamos, acabamos encontrando o Instituto Vida, que fica logo ali, no Areal, e tem palestras e passes, todos os sábados, das 18h30 às 19h30.

Minha sogra estava nos visitando e a convidamos para ir conosco.  Descobrir o centro não é muito fácil, o que contribuiu para que chegássemos, meio esbaforidos,  pra  descobrir que teríamos que subir dois lances de escada íngreme. Houston, a  D. Lêda tem alguns probleminhas no joelho, e uma certa dificuldade para andar. Pensei seriamente em voltar, mas ela é guerreira e se arrastou, escada acima.

O clima é ótimo. Assim que nos instalamos, as pessoas nos cumprimentaram e dava pra perceber verdadeiro interesse por nós, o que é mágico, principalmente quando se trata de uma capital, na qual, de modo geral, somos todos meio anônimos.

O local das palestras é bem pequenininho – parece assim uma claraboia, sabe? Fica no último andar e é estreitinho. Do lado de fora, rolava um funk na maior altura, o que, junto com um microfone mal ajustado, prejudicou um pouco ouvir a palestra, que, mesmo assim, foi muito bacana. O tema foi Cura Interior e muita coisa do que foi dito serviu para mim.

Depois da reunião, tomamos passe e fomos embora, não sem antes a D. Lêda descobrir a conhecida de um conhecido e bater altos papos com a moça, além de cumprimentar todas as pessoas e conversar com a palestrante e fazer um milhão de amigos, como só ela consegue fazer.

Pretendemos voltar lá e eu recomendo de verdade, até porque eles começaram faz muito pouco tempo, mas já fazem um trabalho muito bonito de assistência a mães sem condições financeiras de levar adiante uma gravidez, ou seja, não ficam só no blablablá antiaborto, mas tomam atitudes concretas para ajudar pessoas desesperadas e desamparadas, diante de uma gravidez indesejada.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Setor de Alimentação Econômica de Águas Claras


Olá, pessoal.

Continuando a série “Dicas para o Pobre Morador Pobre de Águas Claras”, quero falar sobre uma quadra, que o Cláudio  chama de “Setor de Alimentação Econômica de Águas Claras”, e eu acho muito apropriado, pois é exatamente a “confluência” de 4 ou 5 pequenos estabelecimentos, que se sucedem, um ao lado do outro, quase em frente à Estação Concessionárias, na rua paralela  ao Shopping Quê. Eles se sucedem e, cada um na sua “praia”, fazem uma gastronomia muito adequada para  quem, como a gente, tem  pouco dinheiro  e pouca disposição para frequentar shoppings lotados e barulhentos.

Bem, como estava dizendo, o tal do Setor é uma bênção: você pode comer um galeto gaúcho (só releve o atendimento, que é para os fortes e destemidos), tomar uma cerveja barata e comer uma feijoada gostosa no Odara (a gente já percebeu, inclusive, que o Odara tem virado um “point” à noite), levar uma pizza pra casa (nunca experimentei, mas não deixa de ser uma opção, certo?) ou comer um sanduíche, bem carregado daquela gordura baconiana que a gente ama – além de, thanks God,  e bem distante do clássico  gosto-de-nada do MacDonalds.

E por falar em MacDonalds, lembrei o Giraffas, que é a versão tupininquim do méqui e apresenta, pelo menos para o meu gosto, um arremedo muito malfeito do nosso querido cardápio caseiro. Sério, é meio dose você se sentar para comer um peixe e ele ter o mesmo gosto do frango, que tem o mesmo gosto do hambúrguer, que é parecido com o pão, que, por sua vez, lembra muito uma alface.

Enfim, mas eu não quero “chochar” o Giraffas, até porque gosto não se discute, mas sim dizer que a lanchonete que a gente frequenta (putz, percebi agora que estou falando do lugar e ainda não dei o nome. Anote aí: Tuza’s Burguer) oferece também pratos executivos, o velho e bom Prato Feito (vulgo PF), por um preço menor que o do Giraffas (no Tuza’s, sai por 11/12 reais o prato, que é super bem servido) e, acreditem em mim, uma qualidade infinitamente superior. Tou aqui salivando com a lembrança do feijãozinho bem temperado, da batata frita crocantinha, da carne gostosa (minha preferida é o lombo; o Ivens já experimentou a picanha e não gostou).

(Informo mais uma vez que não estou ganhando nada com a indicação, além do prazer de ver vocês por lá). 

A propósito, se preferirem não me encontrar, podem pedir pelo telefone. Confiram aqui.


E você tem alguma dica de um lugar legal? Compartilhe com todos, comentando abaixo!


terça-feira, 24 de julho de 2012

PRÉ-VISTORIA


Na sexta, fiz um horário de trabalho alternativo, pois era o dia da esperada vistoria no apartamento que o Cláudio comprou da Brasal, ainda na planta, e deveria ter recebido em março de 2011. A ideia da tal vistoria, pra quem não entende muito bem como funcionam processos de compra e venda de imóveis, é que o comprador faça uma checagem dos itens, identificando se tudo está conforme contratado. Se, após essa vistoria, forem identificadas algumas melhorias a serem realizadas, uma vistoria final é marcada, para conferência dos ajustes.

A vistoria marcada era a inicial e nós chegamos, bem animados, armados com balde, pra testar o escoamento da água, cabo de vassoura, pra conferir o assentamento dos pisos e azulejos, e check-list com vários itens, retirado da internet, pra não deixar passar nenhum detalhe. A vida às vezes dá o recado pra gente, por meio de símbolos, e o baldinho verde que levamos prenunciava mesmo como seria a experiência: um balde de água – e das bem geladas.

Responda aí, meu caro águas-clarense (como se escreve isso????) querido:  se você fosse uma construtora, como seria o apartamento que você entregaria para ser vistoriado? Provavelmente, seria um apartamento com vasos sanitários instalados (e não  buracos deprimentes, onde eles deveriam estar), vidros da varanda incólumes (e não quebrados), com pelo menos 50% dos azulejos e pisos BEM instalados (e não ocos como um coco vazio)  com portas e portais sem arranhões  e com tetos bem pintados, certo?

Pois é, eu também pensava assim, mas o conceito de apartamento acabado da Brasal é beeem estendido e inclui chamar clientes, em pleno horário de serviço deles, para perder tempo e constatar, desolados, que ainda há muito que terminar e que, sim, adorariam voltar na semana seguinte, para poder, finalmente, fazer a tão desejada, almejada e querida primeira vistoria. O que fizemos, enfim, foi uma PRÉ-VISTORIA, também chamada de VISTORIA PARA A VISTORIA, uma nova categoria de embromation, recém-adotada pelas melhores (oi?) empresas do ramo.

Enfim, pusemos nosso baldinho nas costas, nosso cabo no porta-malas do carro e voltamos pra casa, cheios de esperança de que, no próximo sábado, finalmente encontraremos algo menos, digamos, rústico.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

RESPEITO

Vocês lembram a História da Carne Cinza?

Achei que tinha tido um final (triste), mas não é que rendeu alguma coisa mais?

Pois bem, o fato é que, na quinta, o Walmart colocou no Twitter uma propaganda sobre um certo cooktop, que estava na promoção. No final do tweet, eles colocaram algo como “e então, aí tem cozinheiro?”.

Não resisti (eu e meus dedinhos ágeis...) e comentei  mais ou menos o seguinte, lá no @emaguasclaras:

“Cozinheira até tem, mas a carne estragada que vocês me venderam no domingo eu não utilizo nem para envenenar alguém.”
Daí, o Walmart pediu  em privado um número de  celular e o Paixão deu o dele.

Nossa, vocês não têm NOÇÃO das 500 mil pessoas que começaram a ligar, pra saber o que tinha acontecido, para prometer providências e tal, de modo que ele (o Paixão) passou a sexta atendendo telefonemas, que foram desde a “área de marketing”, passando pela sede em São Paulo e chegando, finalmente, ao gerente da loja em Águas Claras e, pasmem vocês, ao “responsável pelo setor de perecíveis”.  Foram tantos telefonemas compungidos que a gente já estava esperando até uma ligação do faxineiro do lugar, explicando pra gente que tudo estava limpinho sim e não sabe como isso aconteceu e lamenta muito.

O Cláudio aproveitou para falar de outras coisas meio toscas que ele percebe no hipermercado da nossa terrinha, tais como a garagem imunda, os carrinhos espalhados por todo o lado, na tal da garagem, ou as gôndolas, que de vez em quando aparecem estranhamente vazias. Em suma, eles receberam um tremendo retorno sobre as impressões do cliente Homer Simpson, sobre o que se vive por ali (e olha que nós nem cobramos!). 

Sinceramente, até me deu um pouco de remorso, que não pensei que a coisa fosse ganhar a dimensão que ganhou (sou acostumada a ser maltratada) e fiquei com dó do gerente, que disse “quando for assim, vocês podem falar comigo mesmo”. Daí, pensei também que nos  acostumamos tanto em ser desrespeitados, que não achamos que valesse a pena, por 8 reais, sair de casa para reclamar e ouvir, como eu disse no post, coisas como “vocês é que devem ter deixado esta carne fora da geladeira” ou “tem certeza  de que compraram aqui?”, ou seja, além de lidar com a carne cinza, ainda teríamos que defender nossa honestidade e integridade.

Ah, as relações do consumo: a corda arrebenta tanto do lado mais fraco que, quando estamos diante de quem nos respeita, não o identificamos.

Bem, é isso. Achei que era importante fazer aqui uma sessão de desagravo ao Walmart, cujo comportamento e cuidado diante da situação desagradável foram super profissionais, o que nos animou a continuar a fazer nossas compras por lá.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O Jabuti e o Trânsito


Para vocês verem em que estado anda o trânsito em Brasília (mesmo nas  férias!), vou contar o que aconteceu ontem, quando estávamos voltando para casa. Ocorre que passamos por um senhor, que caminhava perigosamente ao lado dos carros, na pista que liga o Guará ao Park Way. Comentei que ele estava pra lá de Marrakesh, bêbado ao quadrado, e que poderia se machucar, caminhando assim, tão distraidinho, pelo acostamento a fora.

Fecha a cortina. Pausa para o próximo ato, que acontecerá a mais ou menos uns DOIS QUILÔMETROS após  o encontro com o Bêbado do Guará.

Eis que, devidamente engarrafadinhos, conversamos sobre a vida, mas somos interrompidos, adivinhem só, pelo NOSSO AMIGO, que passa por nós e segue em frente, trocando as pernas. Isso parece querer dizer que,  mesmo tonto e sem calçada, ele deve ter chegado antes de nós e nossos carros possantes.

Pois é.

(Senti-me a própria lebre, da Fábula da Lebre e do Jabuti, achando que sou mais rápida e... olhem só,  lá vai o jabuti, devagar e sempre . O final dessa história – a do Jabuti – você pode ler aqui.  A do trânsito de Brasília, eu não sei bem como vai acabar.

Ou será que sei?)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Restaurant Week e Roda de Boteco em Águas Claras


Olá, moçada.


O fim-de-semana está chegando (ebaaa!!) e hoje eu quero dar algumas dicas para vocês, pois estamos vivendo uma época muito propícia para experiências gastronômicas, pois acontecem, simultaneamente, dois eventos literalmente muito gostosos: o Restaurant Week, que vai até o dia 29 de julho, e o Roda de Boteco, que vai até o dia 4 de agosto.

O Restaurant Week envolve restaurantes, que fazem um cardápio especial, com direito a entrada, prato principal e sobremesa, pelo preço de R$31,90 no almoço e R$ 43,90 no jantar.

Já a Roda de Boteco acontece assim: cada boteco coloca na Roda um petisco, por R$ 15,00. A galera então faz o circuito e vai votando, dando nota não só para o petisco em si, mas para o atendimento, a qualidade das bebidas e a higiene do local. No dia 4, haverá um grande evento, no Ulysses Guimarães, para a “premiação”, e cada petisco consumido, durante todo o mês, pode ser trocado por 1 ingresso (o posto de troca é o Restaurante Esquina Mineira, na 704/705 Norte).

É claro que você pode ir diretamente à fonte, ou seja, ao site de cada um dos eventos, para se divertir por conta própria, mas eu destaco aqui alguns dos restaurantes e bares que participam dos eventos e estão localizados, olhe só que delícia, na minha, na sua, na nossa Águas Claras do Coração (ah, antes que esqueça: a ideia e a pesquisa para este post são oferecimento do  Paixão, nosso gourmet de plantão)



Restaurant Week

- Dona Lenha -   quero experimentar esta fruta assada com caramelo e especiarias.


All Dublin – recomendo a costelinha de porco, que já experimentei e é bem gostosinha. Ah, e por incrível que pareça, a farofa de ovos é show (só eu mesma pra indicar farofa de ovo...).


- Bar do Ferreira – tudo deles é bom. Ponto.



Roda de Boteco


- Bar do Ferreira – tudo deles é bom. Ponto. Câmbio, desligo.


- Barbagatto – o nome do prato é super criativo (“Os 3 Porquinhos do Barba”), parece coisa de conto-de-fadas – se bem que, nos contos, os porquinhos escapam da panela, né?. Fica no Beira-Poeira, logo ali perto de você.


- Adega da Cachaça –apesar do prato não me parecer interessante (jiló???), quero conhecer o lugar e vou aproveitar a Roda.

Escrevi este post sem fome, mas, mesmo assim, me deu vontade de algumas coisinhas e petiscos e comidinhas.

Imagine só o estrago na silhueta... 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

São as águas de julho (oi?) fechando o verão (ahn?)...


É claro que hoje nós não poderíamos deixar de comentar o assunto do momento, que só pode ser ela, a CHUVA, que resolveu cair, com relativa vontade, em pleno mês de julho.

O que estará acontecendo, meus caros? Como viveremos sem nossa falta de ar, sem nossa poeira amiga? Mais que isso, a pergunta fundamental: estarão nossos umidificadores fadados ao mesmo triste destino das esteiras, encalhadas na área de serviço?

(De minha parte, devo confesso que, apesar de ter consciência de que deve ser algum pau na natureza, me senti muito bem com o cheirinho de terra molhada e dormi como fazia tempos não dormia.)

Tem pimenta na nossa vida!


Estranho como as coisas de repente passam a fazer parte da vida da gente (e das nossas preferências), não é mesmo? Um exemplo bem simples: há uns 10 dias, passamos na Torteria di Lorenza, que fica escondidinha naquele bloco que a gente brinca que é  o centro de Águas Claras (temos dificuldade em lidar com a lógica brasiliense e preferimos adaptar tudo ao nosso referencial, que é do interior de Minas e, portanto, é normal e tem esquinas e centros) e tem os bares, além de uma série de lojas e convenienciazinhas (Sapato da Corte – a primeira que lembro. Por que será, hein?-, Restaurante Fattu – que nome, não? -, pastelaria, Empório Árabe, loja de roupa de crianças etc.).

A coxinha da Torteria é simplesmente inigualável. Na verdade, é um “coxão”, uma refeição mesmo, mas o que eu queria mesmo contar é que, por ali, nós experimentamos uma pimenta muito saborosa, tão gostosa que, quando fomos embora, levamos uma (levamos e pagamos, entendam bem). Parece então que, a partir daí, fomos atingidos pela “Bênção da Pimenta dos Sete Dias”, na qual você se senta num lugar e... o que aparece à mesa? A tal da pimenta, que, seja no Bar do Osmar, seja no Coco Bambu, é onipresente. 

Descobrimos que a empresa customiza o rótulo e, portanto, você acha que está consumindo algo da Torteria ou do Coco, mas está mesmo é diante do maior monopólio pimentístico que esta cidade já viu: as Pimentas Mendez.

E aí, meu caro águas-clarense, teve curiosidade de ir até o site da tal pimenta e sentiu que está diante de algo familiar? Então, meu amigo, deve informá-lo que você acaba de ser atingido pela Bênção. Copie este texto e passe para 10 amigos e verá o que acontecerá: uma coisa fantástica, incrível e muito, muito apimentada. 

terça-feira, 17 de julho de 2012

A fantástica história da carne cinza


No domingo, compramos no Walmart uma carne moída.

Na segunda à noite, varados de fome, temos a ingrata surpresa de ver que a tal carne se transformou numa espécie de matéria alienígena cinzenta e nojenta, evidentemente imprópria para consumo.

O prazo de validade? Segunda-feira.

Jogamos no lixo e  fomos para o Comper,  exaustos, para repor a carne e fazer o hambúrguer nosso de cada dia.

Ah, antes que me esqueça:  1. a carne não ficou fora da geladeira nem meia hora; 2. a embalagem não estava furada; 3. não fomos reclamar, pois o valor era baixo e teríamos que explicar que não, o pacote não ficou fora da geladeira e não, a embalagem não foi violada e 4. somos uns consumidores bem acomodados mesmo, mas é que é meio duro a gente encarar uma briga por 8 reais, ainda mais  famintos, além de cansados do trabalho.

A opção? Xingar muito no blog, pra avisar os amigos  e, evidentemente,  nunca mais comprar carne de lá, pra evitar levar sustos do tipo.

A propósito, observamos que, no Comper, a embalagem tinha sido feito no dia 16/7, para consumo no dia 16/7 mesmo. No Walmart, compramos no domingo (15/7), e o vencimento estava previsto para dia 16/7, ou seja, deve haver algo de muito estranho nessa lógica: afinal, o negócio dura um dia ou dois?

É tudo de uma precisão sanitária super comovente, não é mesmo? 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Skates voadores


Da janela de casa, observo  meninos, indo e vindo na pista de skate. São 7 da noite e eles fazem isso no escuro. Sobraram poucos, apenas uns 4, dos 20 que por ali passaram a tarde.

Não consigo distingui-los plenamente, mas  o rascar do skate na pista me informa que  são poucos, mas não desistem: vão e voltam, ignorando a escuridão.

Além de uma certa perplexidade prática (“será que não é mesmo possível colocar luz ali para os meninos, para garantir mais conforto e mais segurança?”), sinto o quanto é bela a dança juvenil que executam, preparando voos efêmeros e ignorando a escuridão ( ainda que isso possa terminar num doloroso joelho esfolado).

Sintonia fina


Nove horas da noite. Entramos no elevador. Um jovem está lá. Fico desconfiada, pois ele não aperta andar algum no elevador. Resolvo colocar em prática minhas teorias conspiratórias:

- Ihhh, Cláudio, esqueci a chave.

Ele responde, super sintonizado com meus medões:

- Esquecemos não, ó a minha aqui!

Descemos no nosso andar. Comento com ele que, em caso de dúvidas sobre a identidade de pessoas nos elevadores, devemos usar o velho golpe do “esqueci a chave”. Ele acha engraçado e eu também, mas, na dúvida, fica a dica: casais devem ter paranoias sintonizadas, para atuarem como um belo time de neuróticos unidos.

(A propósito, o menino tinha apertado sim, e eu é que não vi... )

Caldinho de Deus


Sei que pareço meio monotemática (e juro que não ganho nada com isso, a não ser o prazer de dar uma boa dica), mas o caldinho de feijão que o Odara vende no sábado é  delicioso. Ele vem num daqueles copinhos americanos, custa 2 reais e eu simplesmente substituí todo o almoço por copinhos  e mais copinhos sucessivos.

Recomendo.

"Eu vejo gente grossa."


Um dos meus esportes favoritos é ver “falhas na Matrix” nos prédios que frequento. É claro que tenho amor à vida e não vou dizer o nome dos tais prédios, mas, em Águas Claras, eu já vi:

- recado no elevador, pedindo aos condôminos que parem de jogar lixo pela janela – inclusive absorventes (isso estava no texto, juro, não é mesmo pura finesse?);

- água de arroz voando andar abaixo, molhando o desavisado que estava a fumar na janela do apartamento de baixo;

- cachorro rotweiller sendo criado em 45 metros quadrados;

- vizinha que liga às 7 da manhã, acorda a casa inteira, pra saber se  é dali que vem o barulho que ela ouve e que a faz, olhem só que interessante, acordar (uma espécie de “se eu não durmo, vocês também não”, aplicada ao ambiente predial).

Como eu vejo coisas... Quase todas, ligadas à falta do que, lá em Minas, a gente chama pura e simplesmente de educação, e que, acreditem vocês, não tem nada a ver com dinheiro no bolso. 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

F.


A F. foi mãe há 4 meses e já voltou ao batente. Agora, quando chega, é como se chegasse uma unidade panzer: traz o bebê, uma sobrinha “pra vigiar o neném”, carrinho, bolsa do bebê, bolsa com carteira e celulares (sim, ela tem vários, pra aproveitar as promoções, igualzinho a patroa dela deveria fazer, se tivesse juízo), sacola com a papinha  e não sei mais o quê. O marido a traz de carro (ele é autônomo e pode fazer esse transporte – menos mal, não é?) e ela passa o dia se alternando entre a faxina (lá em casa, não é muito difícil, que sou só eu e meu irmão, que ficamos muito pouco em casa) e os cuidados com o bebê.

De manhã, enquanto estou em casa, fico sabendo das novidades. Antigamente, conversávamos sobre nosso passado. Ela é do Piauí, já morou na rua e é muito, muito divertida. Agora, conversamos sobre os avanços da menininha (“Issana, você acredita que ela já tá rolando?”, “Issana, ela tá chatinha, que os dentes estão nascendo” ou “Levei ela ao médico esta semana e ela é pequenininha, mas tá com saúde”).

Além disso, o que mais curto nela é o gosto com que trabalha. Tudo bem que é meio doidinha e já perdeu a chave lá de casa e já me queimou um vestido novinho (choro esse vestido até hoje), mas há algo nela que compensa tudo isso: ela GOSTA  de verdade do que faz. Pra ser bem exata, eu só dei o verdadeiro valor, quando ela tirou licença-maternidade  e outra pessoa veio no lugar, uma pessoa muito gente-boa, mas pensem e reflitam num trabalho malfeito, quer dizer, não era bem uma coisa malfeita, mas era, sei lá, descuidada, sem aquele toque especial, que me faz até rir sozinha, quando chego e percebo que a F. “decidiu” colocar minhas roupas no armário numa ordem diferente ou que colocou a almofada x em cima da cadeira, e não do sofá, pois acha que assim tudo fica mais “combinado”.

Isso sem falar nas primeiras vezes em que ela foi até lá em casa, eu tinha acabado de me mudar, não tinha ainda nem geladeira e ela trouxe ovos da casa dela, pra fazer o meu almoço. Juro que isso aconteceu e eu  almocei “na faixa”, bancada pela minha faxineira (a propósito, ela se recusou a receber pelos tais ovos: “que bobagem, as galinhas lá em casa estão botando que é uma beleza e eu me lembrei de você”).

Acho que sou sortuda. 

Gente


Uma das instituições de Águas Claras certamente é a relação patroa-empregada, também conhecida como relação ajudante-ajudada, assistente-assistida, secretária-chefe ou quais outros nomes que vocês achem mais politicamente corretos. Na verdade, não sei nem mesmo se vou falar dessa relação, pois minha experiência se limita a uma vez por semana, quando a abençoada da F. vai até lá em casa, cozinhar, arrumar e passar, que lavar ainda é por minha conta, pois tenho um sistema muito sofisticado (pra não dizer neurótico) para separar roupas por cor e tipo e para programar a máquina.

Provar que a tal relação é uma instituição em Águas Claras é fácil. Basta olhar pela janela, lá pelas 7 da matina, e observar a legião de empregadas domésticas que acorrem, para cuidar de nossas casas e de nossos filhos, enquanto nós mesmos debandamos para o Plano, a fim de bancar nossa vidinha classe-média.

Quando as observo pela janela, misturadas com os operários e porteiros que também chegam (e partem, lá pelas 5 da tarde, depois de terem ficado mais tempo no nosso prédio ou na nossa casa do que nós passaremos, naquele dia),  fico imaginando essas vidas tão próximas à minha, em termos “espaciais”, mas tão distantes, em termos de realidade, de experiências. Não quero poetizar a pobreza, mas gosto de observar o estilo e de ouvir as histórias, principalmente as da F., que é fiel escudeira e já acompanhou muita água que rolou na minha vida – e que já compartilhou comigo muita coisa da vida dela também.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Super Divertido


Oi, este é o próximo post e eu quero dizer que acho muito esquisito é que, nessa região de bares ora denominada “Beira-Poeira”, há umas 10 televisões sucessivas, daquelas de plasminha  pretensioso, todas com sua skyzinha-padrão, que não param de passar jogos e lutas e programas de macho, quer dizer, a ideia de diversão é sair de casa, pra fugir da mesmice da vidinha avenida-brasil, e cair ali, diretamente nos braços, adivinhem só que diferente e inusitado, da televisão, agora em versão Plasma-Futebol.

Tempos modernos.

Vai entender.



Bar do Osmar


Ontem estivemos no Bar do Osmar, que fica no Beira-Poeira de Águas Claras, ou seja,  fica na mesma quadra do Pirata’s e de outros barzinhos, que colocam mesas e cadeiras num espaço ao ar-livre, que lembra muito aquilo que costumam fazer à beira-mar, em muitas cidades litorâneas, com a ligeira diferença de que, em Águas Claras, a vista é para a poeira que, em épocas como julho, é quase mar e nos transforma em legítimos  pés-de-pombo.

Eu contava que o Bar do Osmar abriu faz pouco tempo. O dono é uma figura, um senhor muito dinâmico, que tinha bar na Asa Norte (ou Sul, sei lá, era no Plano), mas comprou um apartamento em Águas e resolveu que queria trabalhar perto de casa e, voilá, transferiu-se para a Terra da Promissão, que é exatamente a ideia de morar em Águas Claras e não precisar enfrentar trânsito todo o dia para trabalhar.

O bar é muito bem transadinho,  até porque conseguiu manter um certo visual de simplicidade, aquela simplicidade que a gente busca, quando quer viver uns momentos despretensiosos  (e não quer ser sufocado pelas “butiques-bar” que são escuras, cheias de detalhes, e você  tem que fazer um curso para ler o cardápio,  carregado de trufas e vieiras). Conseguiu manter a simplicidade, mas sem virar um pé-sujo daqueles que desmoralizam a gente e nos dão a sensação de  fundo-de-poço, também conhecida como a Síndrome do Onde É Que eu Vim Parar. Dá pra perceber que um arquiteto andou por ali e conseguiu entender direitinho o espírito do dono e o da casa,  atitude rara de se ver, nesse mundinho da decoração.

Engraçado, quando comecei a escrever, eu tinha em mente um assunto completamente diferente, mas acho que gostei de falar do Bar e, já que o fluxo seguiu por aí, não vou negá-lo e vou completar a informação para meus queridos águas-clarenses. Eles têm um espetinho muito bom (sugiro o de lingüiça de porco apimentada) e também uma porção super generosa de pasteis bem saborosinhos. Por ali, já experimentamos também uma tal de esfiha aberta, que é tipo a prima-rica daquela esfiha (toc-toc) do Habibs.

O que eu queria falar mesmo ficou para o próximo post.

Como chegar ao Bom Samaritano



Transcrevo a seguir o e-mail que o Alexandre Magno mandou para o Cláudio, ensinando o caminho e detalhando as atividades da Fraternidade Espírita O Bom Samaritano:



Boa noite meu irmão, muita paz!
Esse mapa vai funcionar bem pra quem vem pela Estrada Parque Vicente Pires, que é a que liga a EPTG à EPNB, ou seja, a pista do Parkway abaixo de Aguas Claras. A entrada é a do QUIOSQUE AZUL, logo a pós ao balão do posto policial e em frente ao antigo clube da Varig. Entrando lá, conte 5 quebra molas e entre na primeira a esquerda (uma subida forte) aí vem a igreja católica e o lote seguinte é o nosso. Muita paz!
 
Atividades e horários
    Domingo
    08:30 h – Campanha de Fraternidade Auta de Souza
    Segunda-feira
    20:00 h – Triagem e Passes
    Terça-feira
    20:00 h – Reunião Pública e Passes
    Quarta-feira
    20:00 h – Tratamento Espiritual
    Sábado
    08:30 h – Tratamento Espiritual Infantil (0 a 13 anos)
    09:30 h – Mocidade Espírita Raiozinhos de Sol
    09:50 h – Evangelização Infantil, Escola de
    Evangelização de Adultos e Oficinas Móveis.
    12:30 h – Sopa Fraterna Bezerra de Menezes
    18:00 h – Curso Noções Básicas de Doutrina Espírita e    
    Escola de Formação de Trabalhadores Espíritas (cursos).
    De segunda à sexta-feira funciona no horários de 8 h às
    12 h o Colégio Espírita Luiz Sérgio de Carvalho


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Fraternidade Espírita O Bom Samaritano


Como a grande maioria das visitas ao blog vem pelo Google, procurando “centro espírita em Águas Claras”, senti-me na obrigação de compartilhar um achadinho que fizemos. Trata-se da Fraternidade Espírita O Bom Samaritano, que fica a 7 minutos do Shopping Águas Claras (que comparação sugestiva, não?), encravadinho lá em Arniqueira.

Para quem nunca saiu do eixo Águas-Claras-dos-Prediões, é um verdadeiro susto encontrar, ali tão perto, uma área tão parecida com as nossas cidades de origem: são ruas com esquinas e lojinhas misturadas com casas baixas, naquela anarquia bem brasileira, que às vezes faz falta, quando a gente só fica entre a Castanheiras e a Araucárias.

Estivemos  no local 2 vezes, mas certamente iremos repetir, pois ando muito precisada de apoio espiritual (vivi uma verdadeira tragédia em maio, da qual não gostaria de falar, mas que tem me exigido muita oração e muito equilíbrio na fé). A primeira impressão que tive foi meio sinistrinha, pois o centro estava com as luzes apagadas, então rolou assim um sentimento “que lugar ermo, meudeusdocéu”, mas foi mesmo porque chegamos cedo e, logo, logo, o centro ganhou aquela cara que todo bom centro tem: cheio de luz, de pessoas agradáveis e de muita, muita paz, que você já começa a sentir logo na entrada, quando olha para o céu e vê lua e estrelas –coisa que TAMBÉM não podemos fazer em Águas (quer dizer, até podemos, mas só lá dentro do Parque e eu tenho amor à vida e não sou louca de olhar pra cima, no parque escurinho).

O endereço não é difícil. Vou até tentar colocar mais tarde aqui um mapinha, que o Presidente do Centro passou para a gente, mas é só perguntar para alguém “ei, onde fica o Setor de Igrejas Arniqueiras?”, que é um setor que acabei de criar, pois o centro fica entre uma igreja católica e uma evangélica, no alto de um morrinho (nossa, quanta coisa sugestiva... quer ir ao centro? Dirija-se ao alto!)

O endereço oficial é SHA, Área Especial 02, Chácara 93 Lote 03, Arniqueira, Águas Claras - DF

O telefone para contato é  (61) 3401-2653.


terça-feira, 10 de julho de 2012

Interligados


Cláudio e eu, aliás, adoramos conversar sobre o comportamento das pessoas, enquanto-seres-que-pilotam-suas-máquinas-e-são-semideuses-poderosos-e-onipotentes. A gente costuma praticar uma certa gentileza no trânsito, então a teoria é muito simples: em caso de intersecção, você deixa um passar, depois vai atrás, e assim sucessivamente. Dessa forma, as duas vias andam, certo? Fico  pasma que, pra muita gente, isso não funciona. De modo geral, a lógica é a seguinte: se estão na pista principal, as pessoas não dão licença para o azarado da pista subsidiária, quer dizer, vão grudadinhos uns na traseira dos outros, na maior filosofia “quem mandou não estar na pista principal?”. Ocorre que, até pra mim que sou leiga, trânsito é fluxo e, meu amigo, você não deixa passar aqui, daqui a pouco se encalacra lá na frente, entalado exatamente por aquelas vias que não deixou fluir.

Há, entretanto, o cara que está na pista subsidiária e que percebe que um boboca decidiu deixar o carro da frente atravessar. O que faz então o lépido ansiosinho? É CLARO que ele também acelera, enfiando-se como dá na frente do bobão – afinal, o trânsito é para os fortes e ousados e cheios de testosterona e “eu levo vantagem em tudo”, certo? Enfim, o que estou querendo mostrar é que é muito, muito difícil para nós exercer a tal da gentileza deixo-um-depois-eu-vou.

A gente tem mesmo muito a aprender. A primeira lição talvez seja a de que estamos interligados, inclusive (deveria dizer principalmente?) no trânsito. 

Universo Paralelo

As experiências no trânsito Plano-Águas Claras  são assunto inesgotável.  Nos últimos tempos, por exemplo,  descobrimos que há dias em que, entre o ParkWay e Águas Claras (pra quem vem pelo Guará), acontece algo super estranho e você, que está acostumado a andar por ali de metro em metro, vê toda uma faixa livre à sua frente e pode avançar, com tranquilidade,  às seis horas da tarde de uma sexta-feira. Juro, é MUITO ESQUISITO, é super estranho, a gente não sabe o que fazer.

O águas-clarense  (oi?) é, antes de tudo, um engarrafado, de modo que a situação é tão inusitada que dá uma espécie de vácuo, uma vontade de parar o carro, abrir os braços e gritar, no meio da pista: “vocês acham que estão me enganando? Eu sei que isso aqui é o show de Truman e eu sei que estou num universo paralelo e eu sei que logo vou acordar deste sonho e ninguém me engana e eu sei que amanhã vou ter que pagar cada ceitil dessa maravilha toda e levarei 3 horas pra atravessar essa pontezinha.”

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O problema era o cupom?


Em compensação, o Dona Lenha do Shopping Quê  atende bem ao quesito “quero-uma-casa-no-campo-sossego-e-meu-amor-e-deus-me-livre-de-lugares-badalados”, ainda que nele também eu encontre algumas esquisitices. Já vou adiantando que, na última vez em que lá estivemos, usamos um daqueles famigerados cupons, que sempre nos fazem sentir muito espertos e, ao mesmo tempo, muito pobres, o que pode ter interferido no serviço.
1.   Oferecem aquelas famigeradas entradas que o Chico Leite quer que sejam proibidas. É mesmo uma coisa você chegar num lugar, varada de fome, e o garçom passar com aquele pratinho cheio de comidinhas, sem indicar os preços. Tá, eu sou pobre mesmo.
2.   Vendem cupom, mas não têm os produtos vendidos. No nosso caso, tivemos que comer uma coisa só, sendo que tínhamos comprado dois pratos diferentes.
3.   Os garçons são mal-treinados, apesar de simpáticos. Só para dar um exemplo bobo: o garçom serviu, reiteradas vezes, o homem antes da mulher. Quem me conhece sabe que eu tou andando e andando para o fato de ser servida antes ou depois de quem quer que seja, mas achei super diferente, até porque essa é uma das primeiras coisas que um garçom aprende, em qualquer treinamento meia-boca: ladies first. Também achei divertido quando um outro dos tais garçons falou para o Cláudio, num tom de professor da quinta série, “tira o prato pra eu colocar esse outro”.  

Ah, mas pra vocês não acharem que sou uma mal-agradecida usuária de cupons, devo dizer que o suco de uva estava simplesmente divino.

(Pena que não estava na promoção...)

PRIMEIRO E EU

já tínhamos ido uma vez a esse bar PRIMEIRO, que é super charmoso e fica pertinho de casa (dá para ir beber a pé; pensem no luxo!), bem ali na Castanheiras.

O ambiente é charmoso, a comida é boa, as caipiroskas são divinas (até as 21h, todas pela metade do preço), mas algo nos incomodou, legítimos representantes  que somos da meia-idade que anda aos pares: o clima de badalação, o ritmo-balada, o número de gente em pé, “secando” a nossa mesa, torcendo para que a desocupássemos e fôssemos logo para casa, que é lugar pra gente que não está caçando.

Foi o que fizemos, não sem antes fazer anotação mental (que torno pública  aqui)  de nunca mais voltar numa sexta-feira, pois, diferente de outros lugares do tipo, não há assim uma alternativa ou um cantinho bem escuro e reservado para nós, usuários da monogamia feliz, que só querem comer bem, beber algo bom e bater um papinho esperto.
Aproveito para deixar a dica para meus leitores solteiros e mauricinhos: PRIMEIRO é o lugar ideal para você-sabe-o-quê.
Vá lá – e não se esqueça de me contar como foi, ok?

Voltei!

Ontem fomos passear no Parque Águas Claras  e a luz estava tão linda, a atmosfera tão tranquila que  deu vontade de voltar a escrever no blog mais abandonado de todo o Reino das Águas Claras.
Para aquecer os motores, vamos falar sobre 2 lugares por onde passamos, no nosso infindável roteiro gastronômico.