Depois que tivemos o bebê,
descobrimos o quanto o apartamento é pequeno. Sim, caros amigos, porque uma
certa mocinha, que hoje pesa pouco mais que um saco de arroz, ocupa um espaço
fenomenal.
(Estava tão apertado que tiramos a foto no corredor. rs) |
Comecemos pelo quarto.
Sabe aquele quartinho que abrigava toda a sua bagunça? Então, ele passa a ser dela e você tem que dar fim na cama de
solteiro, no colchão e em todos aqueles livros e pastas que acumulou. Tudo bem,
isso não é ruim, mas não se esqueça de que é preciso comprar o berço e uma
cômoda. Antes que me perguntempor quê a cama de solteiro não ficou, é bom
informar que seria ótimo que ela permanecesse, mas o cubículo que você chamava
de “quartinho da bagunça” é minúsculo.
Bem, você precisa comprar
também um carrinho, que vai atravancar a sala, uma cadeirinha de balanço, que
você é abusada e acha que seu bebê merece viver todas as experiências possíveis
neste universo dos recém-nascidos, e uma banheira bem grande, que vai para o
box de um dos dois banheiros da casa e de lá não mais sairá, o que significa
que você agora vai alternar com o companheiro o uso do outro espaço (ah, que
antes cada um tinha seu banheiro...).
Também é preciso achar
espaço para o nebulizador, os pacotes de
fralda que o pessoal do trabalho do marido descolou para vocês, o cesto de
lixo, o cesto de roupa suja, o bebê-conforto, o balde-ofurozinho que você não
resistiu em comprar, as roupas e o kit de higiene, fora os brinquedos, ah, os
brinquedos, que são infindáveis e se multiplicam, até porque embalagens de
todos os tipos e papeis barulhentos também ascenderam à categoria “brinquedos-super-interessantes-que-não-podem-ir-para-o-lixo-pois-o-bebê-adora.
A situação chega a um
ponto que você se pega dando um ultimato no marido, dentro de uma loja de
bugigangas: “amor, não cabe nem mais uma agulha lá. Se você levar isso, teremos
que colocar a menina para dormir no carro”.
É uma aventura, meus amigos.
Uma aventura deliciosa, dentro de uma caixinha de fósforos.