Racionamento em algumas
regiões da cidade. Águas Claras incluída. Um dia sem uma gota. O outro de água
suja. Baldes novos. Lixeironas da Leroy. Preço nas alturas. Falta do produto.
Banho em cima da bacia. Descarga preciosa, só em momentos mais difíceis – e com
a água do banho.
Para quem mora em casa, é
tranquilo: caixa grande é certeza de que não se ficará sem água. Quem mora em
apartamento, como garantir que o vizinho vai fechar a torneira também? Como
vencer a forte sensação do “farinha pouca, meu pirão primeiro”?
Para quem acredita no
governo, é tranquilo. Para quem não acredita, como deixar de ver a falta de
compunção do presidente da Caesb, que certamente vencerá seus problemas de
caixa? Como ignorar que nem todos farão o sacrifício? Estou inclusive tentando
agendar o uso do banheiro fase 2, a revanche, para as dependências do trabalho,
mas falta combinar com os russos...
Como deixar de
desconfiar, de duvidar e de tentar me garantir?
Acho que o que sentimos
diante da crise hídrica reflete muito bem o que sentimos na vida em geral: a
vida é selva e eu não quero ser a gazelinha que fica para trás na correria e
cai nas garras do leão. Ou da Caesb, o que dá quase no mesmo.
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